terça-feira, 30 de setembro de 2014

O que é arte?

 A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.
 Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar felizes quando estamos tristes.  Ela funciona como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da sociedade.
 Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por formas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas. Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte. 
 
   







                                          postado por Ana Carolina Veloso Alves

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Van Gogh

 A genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, que passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendeu apenas uma pintura _ "O Vinhedo Vermelho". Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, "O Retrato de Dr. Gachet", pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.

  Maior expoente do pós-impressionismo, ao lado de Paul Gauguin e Paul Cézanne, Vicent Willen Van Gogh, foi sempre sustentado pelo irmão Theodorus, com quem trocou mais de 750 correspondências, documentos fundamentais para um estudo mais aprofundado de sua arte. Na sua fase mais produtiva (1880/90), Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo.

  Na infância, Van Gogh aprendeu inglês, francês e alemão. Mas, com apenas 15 anos, deixou os estudos para trabalhar na loja de um tio, em Haia (Holanda). Com 24 anos, achou que a sua vocação era trabalhar com a evangelização, chegando a estudar teologia, em Amsterdã. Pouco tempo depois, dividiu os seus poucos bens com os pobres e passou a ser sustentado pelo irmão, ao mesmo tempo em que iniciava a carreira profissional como pintor.

  Van Gogh, que também morou na França e na Bélgica (onde conviveu com mineiros extremamente pobres), pintou mais de 400 telas _os três anos anteriores à sua morte foram os mais produtivos. Uma mudança fundamental na vida do pintor holandês aconteceu quando Van Gogh trocou Paris por Arles, mais ao sul da França. Na pequena cidade, Van Gogh aluga uma casa e intensifica o seu trabalho, ao lado de Gauguin.

  Após um período de ótima convivência, os dois pintores começam a discutir muito e Van Gogh ataca Gauguin com uma navalha em dezembro de 1888. Inconformado com o fracasso do ataque e completamente transtornado, Van Gogh corta o lóbulo de sua orelha esquerda com a própria arma. Em seguida, embrulha o lóbulo e o entrega a uma prostituta. Internado em um hospital, recebe a visita do irmão Theodorus. No começo de janeiro de 1889, Van Gogh deixa o hospital, mas apresenta sinais evidentes de disfunção mental _às vezes, aparenta tranqüilidade, em outras oportunidades, demonstra alucinações.

  Internado pelo irmão em um asilo, Van Gogh não deixa de pintar. Por ironia, à medida que a sua saúde fica ainda mais deteriorara, a classe artística começa a reconhecer o seu talento, expondo alguns de seus trabalhos em museus. Quando deixou o asilo, o pintor holandês foi morar nas imediações da casa de seu irmão. Nesta época, pinta, em média, um quadro por dia. Depois de ver os seus problemas mentais serem agravados, Theodorus decide que Van Gogh será tratado pelo médico Paul Gachet. Em maio de 1890, aparentando estar recuperado, Van Gogh passa a morar em Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris, onde pinta freneticamente.

  Em julho, uma nova recaída no estado de saúde do pintor holandês, que também demonstra inconformismo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo seu irmão. No dia 27, Van Gogh sai para fazer um passeio e toma uma decisão drástica _atira contra si mesmo, no tórax. Cambaleando, volta para a sua casa, mas não comenta com ninguém que tinha tentado o suicídio. Encontrado por amigos, Van Gogh passa as últimas 48 horas de sua vida, conversando com o seu irmão _os médicos não conseguiram retirar a bala do tórax. No dia 29, pela manhã, o pintor morreu e o seu caixão foi coberto com girassóis, flor que ele amava. Aliás, a tela "Os Girassóis" é uma das obras-primas de Van Gogh. 


 



 








                                                               Postado por Ana Carolina Veloso Alves

sábado, 13 de setembro de 2014

obras de Oscar Niemeyer

Anna Paula

Ipê

Anna Paula
Romero Britto é um pintor, escultor e serígrafo brasileiro radicado nos Estados Unidos.Considerado um dos artistas mais prestigiados pelas celebridades americanas, já pintou quadros para personalidades como Madonna, Arnold Schwarzenegger e Michael Jackson. Também produziu telas para nomes como Dilma Rousseff, Bill Clinton e o casal real príncipe William e Kate Middleton, e a convite do príncipe Charles jantou no Palácio de Buckingham. Foto de Romero Suas artes Renato e Kaio
Renato e Kaio

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quem luta pelo bem da sociedade tambem é artista- Ernesto Carneiro Ribeiro

175º Aniversário do Ernesto Carneiro Ribeiro é celebrado em Doodle. Artista:pessoa que exerce um ofício com gosto.O linguista destacou certos aspectos do português praticado no país que não eram percebidos pelos gramáticos, e tornou a língua a primeira com gramática adaptada em função da língua falada. Publicou A redação do projeto do código civil e A réplica do Dr. Ruy Barbosa (1905). Ribeiro morreu em sua terra natal, em 1920, aos 81 anos. Nesta sexta, são completados e celebrados 175 anos do seu nascimento. No Doodle animado que o Google preparou em homenagem a Ernesto Carneiro, ele é ilustrado no meio da segunda letra "o" da marca da empresa, fazendo uma das coisas que mais gostava: escrevendo. Mas sua carreira começou de forma bem diferente, na medicina. Formou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1854, e depois passou a se dedicar ao magistério. Estudou no Liceu Provincial de Salvador. Ernesto fundou dois colégios na Bahia. Em 1874, o Colégio da Bahia. Dez anos depois, inaugurou uma instituição com o seu próprio nome, o Ginásio Carneiro Ribeiro, que teve seu comando por 36 anos. Professor de português, ensinou muita coisa a nomes muito relevantes na cultura nacional, como Ruy Barbosa, Euclides da Cunha, Rodrigues Lima, Castro Alves, entre outros. Com Ruy Barbosa, porém, viria a ter uma grande polêmica. A polêmica com Ruy Barbosa Logo após a proclamação da República do Brasil, no primeiro governo do seu estado natal, Ernesto participou da política. Entrou para uma comissão convocada pelo seu governador Manoel Vitorino, visando a elaboração de um plano de ação educacional. Pouco depois, em 1902, foi incumbido pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, José Joaquim Seabra, de realizar a revisão do Projeto de Código Civil brasileiro. O projeto era substituir a legislação das Ordenações Filipinas, que já estava obsoleta, havia sido desenvolvido por Clóvis Beviláqua. Já com a bagagem de duas publicações muito destacadas, a Gramática Portuguesa Filosófica, de 1881, e ainda a sua principal obra, os Serões Gramaticais, de 1890, contando a visão histórica da Língua Portuguesa, e o aspecto científico do idioma, respectivamente, ele aceitou o convite. No mesmo ano, Ruy Barbosa estava na presidência da comissão do Senado instituída para o estudo do trabalho de Beviláqua. Ele apresentou seu parecer sobre o projeto em três dias, com 560 páginas de severas críticas ao projeto legislativo. No seu "Parecer do Senador Ruy Barbosa sobre a Redação do Projeto do Código Civil", que foi publicado na Imprensa Nacional em abril, chamou o texto de "obra tosca, indigesta, aleijada". Então, Ernesto Carneiro Ribeiro, em quatro dias, fez a revisão gramatical do projeto, com o nome de “Ligeiras Observações sobre as Emendas do Dr. Ruy Barbosa ao Projeto do Código Civil” e publicado no Diário do Congresso em outubro de 1902. Ruy publicou uma réplica posteriormente, e em 1905 Ribeiro fez sua tréplica, em 899 páginas: "A Redação do Projeto do Código Civil e a Réplica do Dr. Ruy Barbosa”. Defendendo a normatização de peculiaridades do idioma português falado no Brasil, o que fazia do filólogo um pioneiro no assunto, Ernesto contribuiu muito para a formação dos estudos da língua e para a concepção da Lei 3.071, ou "Código Civil dos Estados Unidos do Brasil", que só viria a ser publicado em 1º de janeiro de 1916. Quatro anos depois, em 1920, ele veio a falecer, mas sua história e seu legado não foram esquecidos pelos brasileiros. E ainda existe o Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro, na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Em Vera Cruz, outra cidade baiana, existe uma Avenida Ernesto Carneiro Ribeiro. Agora, neste 12 de setembro de 2014, ele ganha a sua presença no Doodle do Google. Mais uma bela homenagem. POSTADO POR ANA CAROLINA VELOSO ALVES.

A primeira arte - a música.

A música pode ser definida como uma forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo à alguém. Mas definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu.Como “arte do efêmero”, a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples. postado por Ana Carolina Veloso Alves.

A segunda arte - a dança

A dança é uma das três principais artes cênicas da Antigüidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro. postado por Ana Carolina Veloso Alves.

A terceira arte - a pintura

Pintura é a atividade artística que consiste na aplicação de pigmentos coloridos em um plano bidimensional, geralmente em uma superfície previamente preparada para tal uso.A superfície de aplicação dos pigmentos também pode variar, desde murais e paredes até as telas próprias para pintura.A pintura pode ser vinculada tanto à produção de imagens decorativas quanto imagens de reapresentação, seja esta figurativa ou abstrata. No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do “pigmento em forma líquida”. Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada. postado por Ana Carolina Veloso Alves.

A quarta arte - a escultura

Podemos definir escultura como a arte de moldar ou talhar determinados materiais como, por exemplo, madeira, argila (barro), pedra, metais, entre outros. O artista plástico, no caso escultor, produz uma escultura usando criatividade, sentimentos e idéias. Ele cria volumes, formas e define espaços numa escultura. As esculturas são usadas desde a pré-história como manifestação artística. postado por Ana Carolina Veloso Alves.

A quinta arte - a literatura

Toda a manifestação artística feita com a palavra recebe o nome de literatura. A literatura trata de textos que possuem uma preocupação estética, que provoca prazer e conhecimento por seu conteúdo, forma e organização. Por ser uma expressão do homem é um bom meio de comunicação, porque explora todos as partes da linguagem. A literatura que busca o essencial, o universal, que pode contribuir para a formação dos homens,indicando-lhes a maneira de agir,mostrar os seus prazeres,desejos e outros sentimentos.Isto ajuda o homem a se conhecer melhor. postado por Ana Carolina Veloso Alves.

A sexta arte - o teatro

O Teatro É uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. A origem do teatro pode ser remontada desde as primeiras sociedades primitivas, em que acreditava-se no uso de danças imitativas como propiciadores de poderes sobrenaturais que controlavam todos os fatos necessários à sobrevivência (fertilidade da terra, casa, sucesso nas batalhas etc.) Portanto, o teatro em suas origens possuía um caráter ritualístico. postado por Ana Carolina Veloso Alves

A arte do cinema - sétima arte

O Surgimento da Sétima Arte Algumas vertentes da arte possuem uma história longínqua, praticamente inacessível por nós, em pleno século XXI. Dois bons exemplos são a pintura e a música: a primeira, talvez a forma mais primitiva de arte, tem seu início registrado ainda na era pré-histórica, enquanto a segunda, em seu modelo mais rudimentar, é considerada uma inovação do século VII. Com o cinema, por sua vez, acontece justamente o oposto: a diferença temporal entre o ano em que estamos e o ano de seu surgimento é extremamente curto, fazendo com que seja possível entendermos sua evolução de maneira muito mais simples e verossímil, e possibilitando, inclusive, que sintamos as semelhanças de sua evolução com a da própria sociedade. O marco inicial da Sétima Arte é o ano de 1895. Fora neste ano que os Irmãos Lumiére, reconhecidos historicamente como fundadores do cinema, inventaram o cinematógrafo, aparelho inspirado na engrenagem de uma máquina de costura, que registrava a “impressão de movimento” (vale esclarecer: as câmeras cinematográficas não captam a movimentação em tempo real, apenas tiram fotos seqüenciais que transmitem-nos ilusão de movimento) e possibilitava a amostragem deste material coletado a um público, através de uma projeção. A idéia é basicamente a mesma de uma câmera utilizada nos dias de hoje, porém seu funcionamento era manual, através da rotatividade de uma manivela - anos depois, o processo se mecanizara, e hoje em dia já podemos encontrar equipamentos desse porte em formato digital, embora este possua qualidade inferior ao formato antigo. Neste mesmo ano de 1895, mais precisamente no dia 28 de dezembro, acontecera também a primeira sessão de cinema, proporcionada justamente pelo trabalho destes franceses, Auguste e Louis Lumiére. Seus pequenos filmes, que possuíam aproximadamente três minutos cada, foram apresentados para um público de cerca de 30 pessoas. Dentre os filmes exibidos estava A Chegada do Trem na Estação, que mostrava, obviamente, a chegada de um trem a uma estação ferroviária. Reza a lenda que, conforme a locomotiva aproximava-se cada vez mais da câmera, os espectadores começaram a pensar que seriam atropelados pela máquina, correndo alucinadamente para fora das dependências do teatro. Era o início de uma das evoluções mais importantes da era “pós-revolução industrial”, ainda estranhada pelos olhos virgens da população ignóbil da época - quando falo ignóbil, me refiro ao sentido tecnológico, não cultural. Durante estes primeiros anos, os filmes produzidos eram documentais, registrando paisagens e pequenas ações da natureza. A idéia também fora dos irmãos franceses, que decidiram enviar a vários lugares do mundo homens portando câmeras, tendo como propósito registrarem imagens de países diferentes e levá-las para Paris, difundindo, assim, as diversas culturas mundiais dentro da capital da França. Os espectadores, então, iam ao cinema para fazerem uma espécie de “Viagem pelo Mundo”, conhecendo lugares jamais visitados e que, devido a problemas financeiros ou quaisquer outros detalhes, não teriam possibilidade de conhecerem de outra maneira. Via-se ali, então, um grande e contextual significado para uma invenção ainda pouco desmembrada pela humanidade. Com o passar do tempo, talvez por esgotamento de idéias ou até mesmo pela necessidade de entretenimento, os filmes começaram a ter como propósito contar histórias. Inicialmente, eram filmados pequenos esquetes cômicos, cujos cenários eram montados em cima de um palco, conferindo aos filmes forte cunho teatral. Porém, a necessidade de evolução, da procura de um diferencial, levara um outro francês, George Meilés, a definir uma característica presente no cinema até os dias de hoje: filmando uma idéia baseada em obra literária de um outro francês (é notável a grande presença da França na evolução da cultura mundial), Meilés enviou o homem à lua através da construção de uma nave espacial, em um curta-metragem que fora o precursor da ficção cinematográfica - estou falando de Viagem à Lua, de 1902. A partir de então, o mundo do cinema modificara-se completamente. Histórias com construção narrativa passaram a ser contadas, fazendo com que os espectadores fossem atraídos por enredos, personagens e outros elementos inexistentes nas primeiras experiências cinematográficas. Era o cinema atingindo ares de arte, incumbindo em suas engrenagens contextos claramente literários e teatrais (duas das principais artes da época) e abrindo espaço para que pudesse, anos após, entrar neste seleto grupo de atividades reconhecidamente artísticas. Com o advento da narrativa literária, os filmes passaram a possuir duração mais longa, chegando a ser produzidos com metragens que continham mais de duas horas. Com isso, fora desenvolvido um processo de maior complexidade para a construção de uma obra, fazendo com que os realizadores da época, cansados de criarem produtos baratos, de onde não obtinham lucro, pensassem no cinema como uma espécie de indústria, e, nos filmes, como produtos a serem vendidos. O cinema, a partir desde ponto (que fica localizado em meados da década de 1910), deixava de ser um espetáculo circense, passando, assim, a levar consigo um grande contexto comercial. O primeiro filme dito comercial do cinema, também é um dos definidores da linguagem cinematográfica moderna (e aqui entra a questão da subjetividade temporal: embora tenha sido definida ainda nos primeiros 20 anos da arte, já é considerada moderna, em razão de não possuir nem 100 anos de existência). O Nascimento de uma Nação, de D. W. Grifth, delineara as principais características do cinema (que, na época, ainda era mudo). A forma de se contar uma história, com divisão de atos (início, meio e fim), o modo de desenvolver a narrativa, tudo fora popularizado nessa obra que é um marco do cinema, embora seja longa, lenta e bastante preconceituosa (é um filme produzido sob a ótica sulista norte-americana, ou seja, ligada aos ideais da Klu Klux Klan, entidade racista que tinha como objetivo simplesmente eliminar os negros do território americano). Ainda assim, permanece como um marco inestimável do cinema. Com o surgimento da Primeira Guerra Mundial, a Europa passara a produzir cada vez menos filmes, fazendo com que a produção cinematográfica se concentrasse nos Estados Unidos, mais precisamente em Hollywood (sim, este é o motivo para o domínio massacro exercido pelos EUA no mundo do cinema). Visando a questão corporativista, diversos estúdios cinematográficos foram criados, construindo estrelas e elevando nomes ao mais alto patamar de popularidade. A publicidade também adentrava o mundo artístico, e exerceria grande influência na valorização popular do cinema: com o intuito de arrecadar fundos, cada estúdio escolhia seu “queridinho”, vendendo ao público a imagem do astro, que, indubitavelmente, moveria multidões às salas escuras. Nadando contra essa correnteza estavam grandes autores da época do cinema mudo, como Charles Chaplin, nos EUA, os responsáveis pelo movimento cinematográfico alemão intitulado Expressionismo, Fritz Lang e F. W. Murnau, e o soviético Sergei Eisestein, grande cineasta e teórico cinematográfico responsável pelo emblemático O Encouraçado Potemkin. Eisestein fizera deste filme, que nada mais era do que um produto encomendado pelo governo comunista para comemorar os 20 anos da revolução bolchevique, o mais revolucionário da era muda, empregando ao cinema características de cunho social (a história é sobre um grupo de marinheiros que, cansados dos maus tratos recebidos no navio, fazem um motim e acabam causando revolução em um porto) e utilizando, pela primeira vez, pessoas comuns para exercerem função de atores. Era a realidade das ruas chegando às telas de cinema. postado por : Ana Carolina Veloso Alves